2008-04-29

A Arqueologia em Revista – Beja (Tema 2)

Segunda parte do registo em vídeo do quarto debate do ciclo “A Arqueologia em Revista”, realizado no passado dia 29 de Março, na Biblioteca Municipal José Saramago, em Beja, com o apoio da autarquia local.
Incluem-se as intervenções de introdução ao Tema 2, “A Arqueologia e os Arqueólogos”, da responsabilidade de Miguel Martinho e Joaquim Carvalho, e a discussão subsequente, onde participaram também Miguel Almeida, Paulo Marques, André Gregório, Leonor Rocha, António Carlos Silva e Jorge Raposo.
Os vídeos apresentados continuam a resultar de uma co-produção CAA / Instituto Politécnico de Tomar.
Para evitar o acesso lento na abertura deste blogue, são aqui colocadas apenas as ligações que permitirão visualizar as imagens directamente a partir do YouTube.


1. Miguel Martinho

http://br.youtube.com/watch?v=SS_bTFEosCs

– Divulgação do 3º Encontro de Avaliação de Impactes Ambientais.
– A Arqueologia e os arqueólogos do ponto de vista de um promotor de obras: a acção da EDIA.

http://br.youtube.com/watch?v=C0e0O17WIms

– A Arqueologia e os arqueólogos do ponto de vista de um promotor de obras: a acção da EDIA.
– O promotor de obras, a Arqueologia e o mercado empresarial.

http://br.youtube.com/watch?v=zoV1isToJKI

– O promotor de obras, a Arqueologia e o mercado empresarial.
– Algumas questões / observações: metodologias, formação, regulamentação, sociabilização, valorização, acesso à profissão…


2. Joaquim Carvalho

http://br.youtube.com/watch?v=XT1tB9y0bcc

– Os desajustamentos com a transformação recente da Arqueologia portuguesa.
– A Arqueologia e as autarquias.

http://br.youtube.com/watch?v=A1XJgmXyyUU

– A Arqueologia e as autarquias.
– A necessidade de organização dos arqueólogos.
– A Arqueologia empresarial e a preservação dos espólios arqueológicos.


3. Debate: Miguel Almeida e Paulo Marques

http://br.youtube.com/watch?v=Z1z4s2eNAIA

Miguel Almeida:
– Os promotores de obras, a Arqueologia e os impactes ambientais.
– A qualificação da Arqueologia empresarial: regulamentação, fiscalização e investigação aplicada.

Paulo Marques:
– Os promotores de obras, a Arqueologia empresarial e o papel dos arqueólogos.


4. Debate: Miguel Martinho e André Gregório

http://br.youtube.com/watch?v=_U2nfG_7YW8

Miguel Martinho:
– Arqueologia e avaliação de impactes ambientais.
– Arqueologia empresarial.

André Gregório:
– O desinvestimento da administração central na Arqueologia: organização institucional e fiscalização.
– Arqueologia empresarial e condições de trabalho para os arqueólogos.


5. Debate: André Gregório e Leonor Rocha

http://br.youtube.com/watch?v=GwwyAQ9U7Jo

André Gregório:
– Arqueologia empresarial e condições de trabalho para os arqueólogos.
– A regulamentação e a fiscalização da actividade arqueológica.
– As responsabilidades da administração pública e a gestão privada do Património.

Leonor Rocha:
– A valorização profissional e social do arqueólogo.


6. Debate: Miguel Almeida e António Carlos Silva

http://br.youtube.com/watch?v=z6_2rFsWImI

Miguel Almeida:
– Arqueologia empresarial, formação profissional e distorções de mercado.

António Carlos Silva
– Visibilidade social da Arqueologia e diversificação do campo de intervenção das empresas.

Miguel Almeida:
– O mercado empresarial da Arqueologia portuguesa.


7. Debate: Jorge Raposo

http://br.youtube.com/watch?v=Lknp1eIehro

– Responsabilidades individuais e colectivas para alterar a situação presente.

Condições olímpicas

A RTP passa um debate sobre condições laborais. É o acaso que se põe a jeito para que eu recupere um post nado-morto na sequência do debate promovido aqui em Coimbra pelo Ateneu, há alguns dias e mais ou menos sobre o mesmo tema.
Mais ou menos porque agora se debate o novo Código do trabalho — que reconheço ainda não conhecer devidamente — e então discutíamos especificamente o caso particular da Arqueologia. É este que me interessa.

Resultados do Ateneu?
Antes de mais, outra vez uma adesão de participantes muito significativa e... Outra vez as mesmas ausências: a tutela, a Universidade, poucas empresas presentes.
Sinal muito positivo, uma maior presença e sobretudo participação dos arqueólogos mais jovens, aqui mais à vontade do que noutras ocasiões.
Outra nota positiva: o esforço da APA para caracterizar a actividade e o sector profissional da Arqueologia. Um esforço activo, continuado, que porém esbarra frequentemente na nossa desconfiança geral e falta de transparência de que todos, quase sem excepção, vamos fazendo prova. Se tanto se tem falado nos debates recentes de sinais de menoridade do sector da Arqueologia, eis, sem margem para dúvidas, um destes sinais!
Outra nota muito positiva: o debate, anunciado sobre condições de trabalho, acabou por centrar-se decisivamente na qualificação e a ética profissional. Considero bastante promissor que sedimente entre os profissionais do sector a noção que estes problemas (das condições laborais, por um lado, e da qualificação e ética profissional, por outro) não poderão resolver-se de forma desconexa. A solução de um implica a solução do outro!

Mas o que teve de particular o debate do Ateneu neste contexto da Arqueologia foi a presença marcante (anunciada como marcante e efectivamente marcante!) da perspectiva sindical.
E é aqui que entra a comparação com o debate a que agora assisto na televisão.
Sem ousar pronunciar-me sobre a questão das relações laborais a nível global, que, como cidadão, me preocupa deveras, mas ultrapassa os meus conhecimentos objectivos e atrevimento de intervenção, não me parece que possa enquadrar-se aqui directamente o essencial do debate sobre as condições laborais no sector da Arqueologia.
Por exemplo: na famosa discussão relativa à inadaptação a novas técnicas e métodos como fundamento de justa causa de despedimento... Importa talvez não esquecer que a actualização metodológico e científica constante consiste numa obrigação deontológica do arqueólogo. É só um exemplo.

Com efeito, parece evidente que as questões relativas às relações laborais em termos gerais não se reproduzem directamente no sector específico da Arqueologia. Nem os problemas das relações laborais na Arqueologia poderão resolver-se pelos mesmos mecanismos: a discussão geral visa estabelecer parâmetros mínimos de protecção social para trabalhadores em relações de trabalho "proletarizadas", do ponto de vista em que um trabalhador será facilmente substituível por outro.
Ora, penso, antes de mais, que a melhoria das condições laborais na Arqueologia exige precisamente que façamos a opção por um mercado diametralmente diferente. Em que os profissionais do ramo não sejam "fungíveis".
Eis um tema que deveria debater-se neste fórum.
Dir-me-ão que não é esse o caminho actual, ao que respondo sem hesitações que esse é o caminho que tenho feito na instituição em que vivo quotidianamente e que não vejo outro que leve a uma solução.
Para além disso, mau será que num sector da cultura tenhamos por objectivo a definição de relações profissionais por um patamar mínimo. Não deve ser esse o nosso objectivo!
Este anseio, porém, parece surgir hoje muito desligado de uma realidade em que o arqueólogo cobra muitas vezes pela sua hora de trabalho menos do que um trolha; cerca de 8 a 10 vezes menos do que um técnico de restauro; menos pelo seu dia de trabalho do que um advogado mediano por uma consulta de uma hora, etc.
Sem dúvida.
"Exploração do arqueólogo pelo arqueólogo"?... Também. Só que esta exploração não é a causa de todas as nossas maleitas, mas sim já um dos seus efeitos. As causas devem buscar-se (1) na perda de valor social da profissão, que é evidente e até "natural", por força da segunda das causas fundamentais do "estado a que isto chegou": (2) a nossa própria falta de qualificação e (ouso dizê-lo!) sobretudo a nossa incompreensão do papel social que nos cabe. Outro tema útil e muito actual para debate neste momento.

Um sindicato seria favorável?
Talvez, mas quem seriam os sindicalizáveis? Num relance, parece-me que a maioria dos elegíveis para o corpo sindical têm já à sua disposição estruturas sindicais de acolhimento. Os sindicatos da função pública, por exemplo. Isto porque não vejo nas entidades privadas — que funcionam fundamentalmente em regime de prestações de serviços e recibos verdes — uma massa de trabalhadores sindicalizáveis. Os prestadores de serviços, claro, são trabalhadores liberais e, por consequência, são outros os meios de associação profissional que a lei lhes reconhece.
A menos que já não seja este também o entendimento dos próprios sindicatos. Aguardo a vossa resposta.

De qualquer modo, para além de tudo isto, fica deste debate do Ateneu de Coimbra um travo amargo, este muito negativo e que nos põe de sobreaviso em relação à capacidade de intervenção progressiva dos sindicatos nesta questão. O que vimos foi um sindicato colado à Universidade, nomeadamente no que respeita à questão da acreditação profissional. Aliás, mais do que colado, na medida em que penso que as posições defendidas durante o debate nem sequer serão assumidas pelos próprios representantes do meio universitário, eles maioritariamente conscientes de que a sua missão é formar e não profissionalizar. E de que nem para isso teriam meios.
Importa notar que se digo que esta me parece ser a posição dos universitários é porque de facto não posso ter disto senão uma sensação, pois nenhum estava presente para expressar-se.

Ora, esta posição sindical é bastante preocupante, porque deriva não apenas de uma incompreensão da realidade específica da Arqueologia, mas seguramente mesmo de uma insuficiência gritante de reflexão sobre a realidade sócio-profissional da Arqueologia.
Aqui não podem aplicar-se as receitas pré-fabricadas de outros sectores, nem definir-se os objectivos pelos mínimos olímpicos. A nossa ambição é muito superior, e de outra forma a protecção do património histórico-arqueológico não se fará.

2008-04-25

A Arqueologia em Revista – Beja (Tema 1: debate)

Conclusão do registo do período dedicado ao Tema 1, “A Arqueologia e o Poder”, no quarto debate do ciclo “A Arqueologia em Revista”, realizado em Beja.
Os vídeos correspondem à fase de debate, onde participaram também Jorge Raposo, Leonor Rocha, Miguel Almeida, Ana Sofia Antunes, Manuela de Deus, António Carlos Silva, Susana Correia, Isabel Ricardo e Fernanda Lourenço.
Para evitar o acesso lento na abertura deste blogue, são aqui colocadas apenas as ligações que permitirão visualizar as imagens directamente a partir do YouTube.


4. Debate: Jorge Raposo e Leonor Rocha

http://br.youtube.com/watch?v=y0X0k2yBqDU

Jorge Raposo:
– O enquadramento e o papel dos arqueólogos municipais.
– A interligação entre as administrações local e central: a fiscalização e a gestão do território.

Leonor Rocha:
– A relação entre os arqueólogos municipais e a administração central: licenciamento e fiscalização.


5. Debate: Miguel Almeida e Ana Sofia Antunes

http://br.youtube.com/watch?v=DzwxqsEDFL8

Miguel Almeida:
– A fiscalização e a Arqueologia empresarial.

Ana Sofia Antunes:
– O papel dos arqueólogos nos municípios: a relação com os executivos e a falta de regulamentação.
– Os mecanismos de apoio ao financiamento de trabalhos arqueológicos.


6. Debate: Manuela de Deus

http://br.youtube.com/watch?v=HbQHQdoOojw

– As competências da administração central e a regulamentação da actividade arqueológica.
– Os mecanismos de apoio ao financiamento de trabalhos arqueológicos.
– A situação dos espólios arqueológicos.
– A relação entre os arqueólogos municipais e a administração central.


7. Debate: António Carlos Silva

http://br.youtube.com/watch?v=hXMLlp-Vl3k

– A situação actual da Arqueologia portuguesa: conselho consultivo, regulamento de trabalhos arqueológicos, credenciação de empresas, regulamentação da Lei de Bases do Património.
– A importância da visibilidade social da Arqueologia.


8. Debate: Miguel Almeida e Ana Sofia Antunes

http://br.youtube.com/watch?v=JuixoctVsew

Miguel Almeida:
– A situação dos espólios arqueológicos.
– A importância da visibilidade social da Arqueologia.
– A credenciação das empresas de Arqueologia e a responsabilidade partilhada.

Ana Sofia Antunes:
– A importância da visibilidade social da Arqueologia.
– As insuficiências da educação patrimonial.


9. Debate: Susana Correia

http://br.youtube.com/watch?v=TWG99nISUA0

– O papel social dos arqueólogos e a educação patrimonial.
– O enquadramento dos arqueólogos nos municípios.
– A situação dos espólios arqueológicos.


10. Debate: Isabel Ricardo

http://br.youtube.com/watch?v=1J9AdHL2eyU

– A falta de definição da administração central.
– A regulamentação da actividade arqueológica a nível municipal.


11. Debate: Fernanda Lourenço

http://br.youtube.com/watch?v=IHuDELWgtHg

– As transformações da Arqueologia portuguesa.
– A educação patrimonial no ensino secundário.


12. Debate: Manuela de Deus e Susana Correia

http://br.youtube.com/watch?v=j93NXPHHmZA

– A situação da Arqueologia nas autarquias do Alentejo.
– A situação dos espólios arqueológicos.


13. Debate: António Carlos Silva e Susana Correia


http://br.youtube.com/watch?v=koJSO0GcvvY

António Carlos Silva:
– O actual “imbróglio jurídico” na administração pública da área do Património.
– A transição IPA / IGESPAR.
– A articulação IGESPAR / Direcções Regionais de Cultura.

Susana Correia:
– A articulação IGESPAR / Direcções Regionais de Cultura.

2008-04-24

A Arqueologia em Revista – Beja (Tema 1: introdução)

Primeira parte do registo em vídeo do quarto debate do ciclo “A Arqueologia em Revista”, realizado no passado dia 29 de Março, na Biblioteca Municipal José Saramago, em Beja, com o apoio da autarquia local.
Incluem-se a apresentação geral do projecto, por Jorge Raposo (Centro de Arqueologia de Almada) e as intervenções de introdução ao Tema 1, “A Arqueologia e o Poder”, proferidas por António Carlos Silva e Susana Correia.
À semelhança do sucedido nos anteriores eventos deste ciclo, os vídeos apresentados são uma co-produção CAA / Instituto Politécnico de Tomar.
Para evitar o acesso lento na abertura deste blogue, são aqui colocadas apenas as ligações que permitirão visualizar as imagens directamente a partir do YouTube.


1. Introdução (Jorge Raposo – CAA / Al-Madan)

http://br.youtube.com/watch?v=Po0PEk5i4fQ

http://br.youtube.com/watch?v=25pG-o1HarE


2. António Carlos Silva

http://br.youtube.com/watch?v=J4nYyfv_vPA

– A Al-Madan e o debate da organização da Arqueologia portuguesa.
– A Arqueologia e o Estado.

http://br.youtube.com/watch?v=xws6FNeb5LM

– A especificidade do Património arqueológico justifica abordagem jurídica específica.
– As funções da administração pública na área da Arqueologia: definir o enquadramento legal, regular as acções de Arqueologia preventiva…

http://br.youtube.com/watch?v=4cAw0FHRWqc

– As funções da administração pública na área da Arqueologia: valorização patrimonial, manutenção do arquivo histórico da Arqueologia portuguesa, da base de dados Endovélico e de um sistema de reservas de espólios arqueológicos, apoio à investigação e ao ensino.

http://br.youtube.com/watch?v=HP9A8eXgQwk

– A administração pública e o apoio à investigação, à gestão e à valorização do Património.


3. Susana Correia

http://br.youtube.com/watch?v=sOogTpb8R7Q

– O programa do Governo e a recente intervenção do Ministro da Cultura na Assembleia da República.
– As parcerias entre diferentes níveis da administração pública e outras instituições.
– A situação dos arqueólogos avençados do IGESPAR.

http://br.youtube.com/watch?v=3Qja3oYfdYc

– A Arqueologia na administração local: o enquadramento e o papel dos arqueólogos municipais.
– A situação da Arqueologia nos municípios do Alentejo.

2008-04-23

A Arqueologia em Revista – Faro (Tema 2)

Conclusão do debate do ciclo “A Arqueologia em Revista” realizado em Faro, com o registo vídeo da abordagem do Tema 2, “A Arqueologia e os Arqueólogos”, com as intervenções iniciais de Nuno Ferreira Bicho e Dália Paulo e o debate subsequente, onde participaram também Maria José Almeida, Maria José Kremer, Helena Morán, Rui Parreira, Jorge Raposo e Miguel Lago.
Para evitar o acesso lento na abertura deste blogue, são aqui colocadas apenas as ligações que permitirão visualizar as imagens directamente a partir do YouTube.


1. Nuno Ferreira Bicho

http://br.youtube.com/watch?v=q9ZK74lNIqI

– O que é a Arqueologia e qual o seu objectivo? Ciência pura e ciência aplicada.
– A regulação do exercício da profissão de arqueólogo: a Ordem e o Ensino Superior.
– Como fazer uma Ordem?

http://br.youtube.com/watch?v=TipZUrT5QUs

– Como fazer uma Ordem?
– A regulamentação e a descentralização.
– O Ensino Superior e a formação profissional.
– O financiamento da investigação científica em Arqueologia.

[devido a um lamentável problema técnico, a parte final desta intervenção e as seguintes apresentam problemas na gravação de som]


2. Dália Paulo

http://br.youtube.com/watch?v=9FPLF9WF0eM

– O arqueólogo e o “outro”; a função social da Arqueologia.
– A criação da Ordem dos arqueólogos e a uniformização do discurso e a projecção de uma nova imagem social.
– A Arqueologia e as estratégias da administração municipal.

http://br.youtube.com/watch?v=4A4iMcQOM68

– Formação académica e profissional: a vantagem das parcerias entre as universidades e os museus.
– As autorizações para trabalhos arqueológicos e as autarquias.


3. Debate: Maria José Almeida

http://br.youtube.com/watch?v=mptbwFPLKn0

– A posição dos arqueólogos nas autarquias.
– A Ordem dos arqueólogos e o Ensino Superior: as universidades, o exercício da profissão e a formação contínua.


4. Debate: Maria José Almeida e Maria José Kremer

http://br.youtube.com/watch?v=qa7O7zKTUrU

Maria José Almeida:
– A Associação Profissional de Arqueólogos e a Ordem.

Maria José Kremer:
– A Arqueologia, as universidades e os museus.


5. Debate: Helena Morán

http://br.youtube.com/watch?v=x1cK7u8bOMA

– O papel dos arqueólogos nos municípios.


6. Debate: Nuno Ferreira Bicho

http://br.youtube.com/watch?v=vDpGnuthY5Y

– O ensino universitário e a formação profissional.
– A relação entre as universidades e os museus e a empregabilidade dos profissionais.
– A Ordem dos arqueólogos e os cursos universitários.
– As condições de formação de uma Ordem dos arqueólogos.
– Os estágios académicos.


7. Debate: Dália Paulo

http://br.youtube.com/watch?v=qdgT4KcpDEI

– As universidades e os museus.
– Os arqueólogos em contexto municipal.


8. Debate: Rui Parreira

http://br.youtube.com/watch?v=rU6e3QJ1QB8

– A formação dos arqueólogos: a universidade e o processo de reprodução social.
– O papel do arqueólogo na sociedade.
– O papel do Estado nas autorizações de trabalho arqueológico.
– A artificialidade da distinção entre Arqueologia científica e aplicada.


9. Debate: Helena Morán, Nuno Ferreira Bicho e Maria José Almeida

http://br.youtube.com/watch?v=KEgIUUOzidA

Helena Morán:
– A administração central e as autarquias na autorização de trabalhos arqueológicos e na gestão do Património arqueológico.

Nuno Ferreira Bicho:
– Arqueologia científica e Arqueologia aplicada.
– O papel dos professores na formação em Arqueologia.
– A eventual descentralização do mecanismo de autorização de trabalhos arqueológicos.

Maria José Almeida:
– A descentralização de competências para as autarquias.


10. Debate: Jorge Raposo

http://br.youtube.com/watch?v=nGjYq1gwZ4o

– A actividade arqueológica nas autarquias, a descentralização de competências e a relação com as universidades.
– A Ordem de arqueólogos e a necessidade de um sindicato vertical para a Arqueologia portuguesa.


11. Debate: Rui Parreira e Maria José Almeida

http://br.youtube.com/watch?v=Le8MMfOBOhc

Rui Parreira:
– A eventual descentralização do mecanismo de autorização de trabalhos arqueológicos.

Maria José Almeida:
– Uma estrutura sindical para a Arqueologia portuguesa.
– A Ordem de arqueólogos: agora ou depois?


12. Debate: Miguel Lago e Rui Parreira

http://br.youtube.com/watch?v=KNywRAUt460

Miguel Lago:
– Será mesmo necessária uma Ordem dos arqueólogos?
– O controlo da actividade arqueológica.

Rui Parreira:
– As capacidades de fiscalização da actividade arqueológica, a nível central e local.

2008-04-20

Ir. Intervir!

Estou atrasado na minha participação aqui. Falta de tempo, não de tema, que a Arqueologia nacional é, felizmente (!), dinâmica quanto baste para alimentar regularmente esta discussão … Mesmo se nos tempos que correm os motivos de intervenção derivam — infelizmente (!) — em maioria de notícias bastante negativas.

Regressemos ao dinamismo. Concluído o ciclo de debates da Al-Madan, o resultado deve constituir motivo de orgulho para a equipa da organização e para as associações que promoveram o evento: a adesão aos cinco debates que percorreram o país foi em todos os casos muito vasta.

Assim, como primeira constatação ressalta a confirmação desta disponibilidade para participar, que já conhecíamos na Arqueologia portuguesa.

Porém, sem minimamente beliscar o mérito dos organizadores, não devemos contentar-nos com este primeiro nível de análise. Os números, importantes, não passam de… uma adição. Decomponhamos-lhe as parcelas, interessando-nos por quem esteve (e, talvez sobretudo, quem não esteve) presente, com que índice de participação efectiva, com que objectivos.

A minha amostra não coincide com o universo dos debates realizados (estive ausente de Faro e de Conimbriga). Por outro lado, esta reflexão também resulta de um esforço simples de memória pessoal, pelo que peço desculpas por quaisquer injustiças que possa cometer — serão involuntárias! Globalmente, penso que a reflexão será representativa. Ora, que resulta então de uma análise da participação dos arqueólogos neste mês de debates promovidos pela Al-Madan?

Antes de mais, assinalar uma presença muito escassa da tutela, sobretudo quando procuramos responsáveis com capacidade de decisão, e sobretudo ao nível da administração central. Algumas ausências são particularmente ruidosas e custa a acreditar que não tenham encontrado possibilidades de participar em nenhum dos cinco debates organizados. Explicações? Ou a sua avaliação da situação actual é globalmente positiva, ou o modelo dialógico não lhes surge como útil na busca de soluções de futuro. Ambas preocupantes.

Em segundo lugar, os docentes universitários: que a sua participação activa neste esforço de reflexão tenha sido (talvez com a excepção do debate de Lisboa) tão escassa parece-me bem representativo da distância que a Universidade (de um modo geral) deixou interpor entre si e a (restante) sociedade portuguesa. Surpreende-me? Não. Lamento a ausência? Sim, muito! Penso, e já o disse aqui, que a Universidade poderá jogar um papel decisivo na alteração a médio prazo da situação estrutural que motiva a actual crise, contingente, da Arqueologia portuguesa.

Em terceiro lugar, se é indiscutível que a vasta maioria da Arqueologia nacional se faz hoje em contexto de empresa, seria também de esperar que os responsáveis destas empresas participassem massivamente. Tanto mais que as alterações em curso põe claramente em causa o futuro da Arqueologia preventiva e de emergência. Ou… Ou não põe?! Penso que sim, mas visivelmente a maioria dos meus colegas não se sente ameaçado. Ou então não sente que a ameaça valha estragar o fim-de-semana. Também é possível.

Por fim, como avaliar a participação dos que hoje trabalham (com mais ou menos vínculo e condições) na miríade de intervenções de Arqueologia preventiva e de emergência. Eles constituem sem dúvida uma pedra fundamental da nossa Arqueologia, quer em termos de efectivos, quer porque (até por imperativos estritamente biológicos) neles reside o futuro. É-me mais difícil avaliar quantitativamente a sua presença, porque o número dos que conheço é menos representativo do total. Deixemos por isso a simples aritmética das presenças para rever o “filme” (até em alusão à iniciativa de publicação on-line da Al-Madan) destes debates: não obstante a estrutura escolhida pelos organizadores ter sido extremamente aberta e fomentadora da discussão, a participação do público nos debates foi maioritariamente assegurada por caras que já conhecíamos. De onde, a conclusão necessária de que, pese embora alguns dos seus elementos tenham estado presentes, esta massa de arqueólogos no activo não se sentiu nesta ocasião motivada. Alguns para a participação activa, a maioria nem mesmo para a simples deslocação.
Poderia dizer-se que se trata aqui não de uma falta de disponibilidade para intervir, mas apenas de uma falta de interesse neste evento em particular. Poderia... Mas não pode, porque a mesma atitude se reflecte noutras ausências, maxime, na escassa taxa de associação na APA (paradoxo de uma "classe" que agora grita pela constituição de uma Ordem).

Curiosamente, esta ausência de intervenção activa acontece num momento em que a ânsia de participação é apregoada a quatro ventos desde o anonimato virtual de blogues e listas de discussão diversas.
Erro de cálculo!
Compreenda-se: não que a existência de tais meios de comunicação seja negativa. O problema que vejo é o de uma séria falta de eficácia e desperdício de energias.
Porquê? Ao contrário do que possa julgar-se do lado de lá do anonimato, essas formas de expressão não são nada incómodas para um eventual status quo (se é que ele existe na Arqueologia portuguesa, coisa de que também duvido).
Pelo contrário, as críticas assim produzidas falham desgraçadamente o alvo, logo por motivos de forma. E isto independentemente do maior ou menor acerto do conteúdo das críticas produzidas. Os mais elementares fundamentos da teoria da comunicação demonstram que a eficácia da transmissão da mensagem depende, entre outros factores, do emissor e do contexto. Emissor e contexto que, precisamente, se perdem neste anonimato.
Ora, é particularmente grave que se pretenda fazer abstracção do contexto entre arqueólogos.
Talvez seja responsabilidade nossa, daqueles que se sentem mais implicados, não termos conseguido passar esta motivação. Desde logo, reconheço o fracasso total dentro da minha própria estrutura, com pontuais e honrosas excepções.

De qualquer modo, penso estar aqui um dos problemas decisivos com que nos defrontamos: a frequente falta de disponibilidade efectiva para intervir, "molhar-se" e participar das soluções, no quadro de um mundo em que (para nosso bem ou para nosso mal, o que para o caso é irrelevante) o Estado não mais se encarrega de resolver os nossos problemas.

A Arqueologia em Revista – Faro (Tema 1)

Registo em vídeo do terceiro debate do ciclo “A Arqueologia em Revista”, realizado no passado dia 15 de Março, no Museu Municipal de Faro, com o apoio da autarquia local.
Incluem-se a apresentação geral do projecto, por Jorge Raposo (Centro de Arqueologia de Almada) e a abordagem do Tema 1, “A Arqueologia e o Poder”, com as intervenções iniciais de Rui Parreira e Miguel Lago e o debate subsequente, onde participaram também Nuno Ferreira Bicho, Maria José Almeida e André Oliveira.
À semelhança do sucedido nos anteriores eventos deste ciclo, os vídeos apresentados são uma co-produção CAA / Instituto Politécnico de Tomar.
Para evitar o acesso lento na abertura deste blogue, são aqui colocadas apenas as ligações que permitirão visualizar as imagens directamente a partir do YouTube.


1. Introdução (Jorge Raposo – CAA / Al-Madan)

http://br.youtube.com/watch?v=mNkxXmtl348


2. Rui Parreira

http://br.youtube.com/watch?v=FO65U3NMsmY

– O ciclo, produção, distribuição, troca e consumo aplicado ao conhecimento e ao Património.
– Processo de produção social, valor de uso e valor de troca do Património.
– Estado e iniciativa privada.
– Reprodução social do conhecimento e do Património: investigação científica, classe dominante e síndroma identitário.
– A valorização de sítios arqueológicos: “Arqueologia promenade” e “Arqueologia agit-prop”.

http://br.youtube.com/watch?v=6x4KY2ygrAE

– O processo de distribuição, troca e consumo de saberes e de Património: a mitologia do turismo.
– Património, gestão do território e rentabilização social.
Praxis da gestão patrimonial: a gestão imposta e a gestão participada.
– O actual modelo de gestão, a gestão imposta e a descentralização de competências.


3. Miguel Lago

http://br.youtube.com/watch?v=FHyHvfrGmw4

– Património, gestão pública e privada.
– Atribuições e competências da administração pública na área do Património.
– Organização institucional e actuação da administração pública.
– A relação público / privado: estandardização das boas práticas.

http://br.youtube.com/watch?v=1i3udIHgTfs

– A relação com a formação universitária e com a Arqueologia empresarial.
– A descentralização de atribuições e competências na administração pública.
– A necessidade de novas parcerias e estratégias e ligação à sociedade.


4. Debate: Nuno Ferreira Bicho, Miguel Lago e Rui Parreira

http://br.youtube.com/watch?v=Y--fJgA61Qo

Nuno Ferreira Bicho:
– A generalidade dos conceitos e a sua aplicação prática: a ciência e a divulgação científica.
– A acessibilidade ao conhecimento e a acessibilidade ao Património.

Miguel Lago:
– A divulgação científica e a relação com os clientes da Arqueologia empresarial.

Nuno Ferreira Bicho:
– O papel do Estado e o papel dos cidadãos.
– As insuficiências da divulgação científica.

Rui Parreira:
– A investigação e a divulgação científica: arqueografia e História.


5. Debate: Jorge Raposo e Maria José Almeida

http://br.youtube.com/watch?v=yxFSFWQMOP4

Jorge Raposo:
– Atribuições da administração pública, valorização social do conhecimento científico e descentralização de competências.

Maria José Almeida:
– O retorno social da prática arqueológica: público e privado.

Jorge Raposo:
– A credenciação dos arqueólogos e das instituições.
– Sociabilização do conhecimento científico e valorização do Património.


6. Debate: Rui Parreira e Miguel Lago

http://br.youtube.com/watch?v=xGpdRHwUIMQ

Rui Parreira:
– A relação entre o Estado e os agentes individuais e colectivos: normalização e fiscalização.
– Credenciação e auto-regulação.

Miguel Lago:
– Credenciação, Ordem de Arqueólogos e acção reguladora do Estado.


7. Debate: Maria José Almeida e Nuno Ferreira Bicho

http://br.youtube.com/watch?v=xGxUF_Mqtxw

Maria José Almeida:
– Credenciação individual e das entidades públicas e privadas.
– Auto-regulação e acção do Estado.
– O problema da gestão dos espólios arqueológicos.
– A importância da mobilização colectiva dos arqueólogos.

Nuno Ferreira Bicho:
– A credenciação dos profissionais e das entidades.
– O poder central: as áreas da Cultura e da Ciência e Tecnologia.


8. Debate: André Oliveira e Maria José Almeida

http://br.youtube.com/watch?v=z9nipBccyLQ

André Oliveira:
– As parcerias público / privado: educação patrimonial e investigação científica.

Maria José Almeida:
– A tutela da actividade arqueológica.


9. Debate: Jorge Raposo

http://br.youtube.com/watch?v=C7iqy1nC0r8

– A sociabilização do conhecimento arqueológico e a educação patrimonial.
– A intervenção social dos arqueólogos.

2008-04-16

A Arqueologia em Revista – Porto (Tema 3: debate)

Conclusão do registo do debate do ciclo “A Arqueologia em Revista” realizado no Porto, no passado dia 8 de Março, com o período de discussão, onde participaram Alexandra Cerveira Lima, Gonçalo Cruz, Maria José Almeida, Lino Tavares Dias, Luís Fontes, António Manuel Silva e Jorge Raposo.
Para evitar o acesso lento na abertura deste blogue, são aqui colocadas apenas as ligações que permitirão visualizar as imagens directamente a partir do YouTube.


4. Debate: Alexandra Cerveira Lima, Gonçalo Cruz e Maria José Almeida

http://br.youtube.com/watch?v=SPHQ8rz8n6E

Alexandra Cerveira Lima:
– A qualidade da regulação da actividade arqueológica e o mercado.
– A criação do IGESPAR.

Gonçalo Cruz:
– A ética profissional e a função social do arqueólogo.
– O caso de Pinhel: barragem, Património arqueológico e educação patrimonial.

Maria José Almeida:
– Foz Côa, educação patrimonial e turismo cultural.


5. Debate: Lino Tavares Dias

http://br.youtube.com/watch?v=XXsj8GjJMac

– O Património na administração pública central e a importância da vontade política.
– A qualidade do controlo da actividade arqueológica.

http://br.youtube.com/watch?v=uPpnasjtOlo

– O caso do Côa e a decisão política.
– A lógica de planeamento regional e a Arqueologia.


6. Debate: Luís Fontes

http://br.youtube.com/watch?v=IxPK4ore4n0

– A avaliação social da qualidade do trabalho arqueológico.
– A fiscalização da actividade arqueológica e a formação dos arqueólogos.
– O papel regulador do mercado.
– O Património e o desenvolvimento local.
– Arqueologia e retorno social.


7. Debate: António Manuel Silva e Alexandra Cerveira Lima

http://br.youtube.com/watch?v=05MlDn3lQ2g

António Manuel Silva:
– O Património e a administração central.
– A formação especializada em Arqueologia e a qualificação das empresas.
– O papel regulador do mercado.

Alexandra Cerveira Lima:
– O caso do Côa: gestão territorial, investigação científica e retorno social.


8. Debate: Lino Tavares Dias e Jorge Raposo

http://br.youtube.com/watch?v=R2QT9P6r_qE

Lino Tavares Dias:
– O arqueólogo em equipas pluridisciplinares: valorização profissional.

Jorge Raposo:
– O caso Foz Côa: a sociabilização do debate arqueológico e a educação patrimonial.

A Arqueologia em Revista – Porto (Tema 3: introdução)

Primeira parte do terceiro conjunto de vídeos do debate do ciclo “A Arqueologia em Revista” realizado no Porto, no passado dia 8 de Março, incluindo as intervenções que introduziram o Tema 3, “A Arqueologia e a Sociedade”, da responsabilidade de António Manuel Silva, Miguel Almeida e Luís Fontes.
Os vídeos continuam a resultar de uma co-produção CAA / Instituto Politécnico de Tomar.
Para evitar o acesso lento na abertura deste blogue, são aqui colocadas apenas as ligações que permitirão visualizar as imagens directamente a partir do YouTube.


1. António Manuel Silva

http://br.youtube.com/watch?v=aFTLGHSKq8M

– O Código Deontológico dos arqueólogos e a responsabilidade perante o Património arqueológico.
– O controlo da qualidade da prática arqueológica e a definição de procedimentos técnicos.
– A divulgação do conhecimento arqueológico.

http://br.youtube.com/watch?v=ZSG-VgfDUlI

– A divulgação do conhecimento arqueológico e a edição electrónica.
– A valorização de sítios e os museus.
– A necessidade de premiar as boas práticas em Arqueologia.


2. Miguel Almeida

http://br.youtube.com/watch?v=e1GVsMzZXmc

– Arqueologia e reconhecimento social.
– O caso Côa e a repentina visibilidade da Arqueologia portuguesa.
– Um novo edifício legislativo: IPA, IPPAR e nova lei de bases do Património.
– O desenvolvimento da Arqueologia empresarial, o Regulamento de Trabalhos Arqueológicos e o Plano Nacional de Trabalhos Arqueológicos.

http://br.youtube.com/watch?v=6zRZeZSMOhc

– O Regulamento de Trabalhos Arqueológicos e a incapacidade de fiscalização.
– A Arqueologia empresarial e a qualidade dos trabalhos arqueológicos.
– O projecto Dryas.
– A desregulação do mercado: Arqueologia low-cost.
– O novo enquadramento legislativo: IGESPAR.

http://br.youtube.com/watch?v=O1BFyAwigJY

– O IGESPAR e os arqueólogos: sobrevivência em ambiente hostil.
– O controlo e a promoção da qualidade em Arqueologia.
– Qualificação técnica e científica e organização profissional e empresarial.


3. Luís Fontes

http://br.youtube.com/watch?v=o7aUgpZoJFs

– Encarar o presente e o futuro com “optimismo céptico”.
– Arqueologia, Património e compromisso social.
– A qualidade do trabalho arqueológico.
– O papel do arqueólogo e a crise do presente.

http://br.youtube.com/watch?v=vQxEm_85LEc

– A sociabilização do papel do arqueólogo e a acreditação profissional.
– A formação especializada.
– Os perigos do excesso de normalização.
– A promoção da cultura científica e a conquista do espaço de intervenção cívica.
– As boas práticas em Arqueologia.

2008-04-15

A Arqueologia em Revista – Porto (Tema 2)

Segundo conjunto de vídeos do debate do ciclo “A Arqueologia em Revista” realizado no Porto, no passado dia 8 de Março.
Inclui as intervenções que introduziram o Tema 2, “A Arqueologia e os Arqueólogos”, por Alexandra Cerveira Lima e Paulo Amaral, e a discussão subsequente, onde participaram também Maria José Almeida, António Manuel Silva, Miguel Almeida, Paulo Costa Pinto e Jorge Raposo.
Os vídeos são uma co-produção CAA / Instituto Politécnico de Tomar.
Para evitar o acesso lento na abertura deste blogue, são aqui colocadas apenas as ligações que permitirão visualizar as imagens directamente a partir do YouTube.


1. Alexandra Cerveira Lima

http://br.youtube.com/watch?v=xJsw3eoQTsc

– A formação em Arqueologia e o peso da componente não académica.

http://br.youtube.com/watch?v=fOz9lZWPcIE

– A Ordem dos arqueólogos e a construção de conhecimento arqueológico na Internet.


2. Paulo Amaral

http://br.youtube.com/watch?v=Q073Gvg2_Io

– A formação académica e a formação profissional em Arqueologia.
– Os problemas do grande crescimento do número de profissionais: ética e deontologia.
– A Ordem dos arqueólogos.

http://br.youtube.com/watch?v=mLpO8uzC44c

– A actividade arqueológica nas empresas, nas autarquias e na administração central.
– A acreditação profissional e a Ordem dos arqueólogos.
– A necessidade de criação de padrões de qualidade.
– A Arqueologia empresarial e a responsabilidade partilhada.


3. Debate: Maria José Almeida

http://br.youtube.com/watch?v=_UEX_ZkGgn8

– A qualidade, a ética e a deontologia da prática arqueológica.
– A formação académica e o exercício da profissão.
– A formação profissional e a APA.
– A constituição de uma Ordem e o reforço da APA.


4. Debate: Paulo Amaral e Alexandra Cerveira Lima

http://br.youtube.com/watch?v=hA-50RVOLUg

Paulo Amaral:
– A eficácia do Código Deontológico.
– A formação académica e os estágios profissionais em Arqueologia.

Alexandra Cerveira Lima:
– A APA, a Ordem e a participação dos arqueólogos.
– A importância da formação.


5. Debate: António Manuel Silva, Miguel Almeida e Paulo Costa Pinto

http://br.youtube.com/watch?v=i9O2d2BhWMM

António Manuel Silva:
– A formação académica e profissional em Arqueologia.
– As más condições de exercício da profissão em contexto liberal.

Miguel Almeida:
– Ordem, sindicato e condições de exercício da profissão.

Paulo Costa Pinto:
– O ensino universitário e a acreditação profissional.
– A regulamentação dos estágios profissionais.


6. Debate: Miguel Almeida, Jorge Raposo e Maria José Almeida

http://br.youtube.com/watch?v=L1vbTwcDM9U

Miguel Almeida:
– Os estágios profissionais em Arqueologia.

Jorge Raposo:
– O modelo de desenvolvimento dos estágios profissionais.

Maria José Almeida:
– Os estágios profissionais e a APA.


7. Debate: Alexandra Cerveira Lima, Paulo Amaral e Miguel Almeida

http://br.youtube.com/watch?v=Wi132PbaP-g

Alexandra Cerveira Lima:
– A formação académica, as parcerias institucionais e a construção do conhecimento arqueológico.

Paulo Amaral:
– A regulamentação dos estágios profissionais.

Miguel Almeida:
– A criação de redes institucionais no contexto português.


8. Debate: Alexandra Cerveira Lima e Jorge Raposo

http://br.youtube.com/watch?v=hCo4IG7DC7k

Alexandra Cerveira Lima:
– A eficácia das redes e o papel da Internet.

Jorge Raposo:
– A Arqueologia e a Internet.

2008-04-14

A Arqueologia em Revista – Porto (Tema 1: debate)

Registo do período de discussão do Tema 1, “A Arqueologia e o Poder”, no debate do ciclo “A Arqueologia em Revista” realizado no Porto (8 de Março), onde participaram Maria José Almeida, Paulo Costa Pinto, Miguel Almeida, Lino Tavares Dias, Jorge Raposo, António Manuel Silva e Gonçalo Cruz.
Para evitar o acesso lento na abertura deste blogue, são aqui colocadas apenas as ligações que permitirão visualizar as imagens directamente a partir do YouTube.


4. Debate: Maria José Almeida e Paulo Costa Pinto

http://br.youtube.com/watch?v=Wbe9nZlLJ84

Maria José Almeida:
– O exercício da Arqueologia nas autarquias: falta de coerência institucional e profissional.

Paulo Costa Pinto:
– A diversidade das condições de exercício da Arqueologia nos municípios.
– A necessidade de articulação com a administração central.


5. Debate: Miguel Almeida e Paulo Costa Pinto

http://br.youtube.com/watch?v=poW4xXEYbQs

Miguel Almeida:
– A Arqueologia, os municípios e o Património arqueológico.

Paulo Costa Pinto:
– A arqueologia municipal e as empresas.


6. Debate: Lino Tavares Dias

http://br.youtube.com/watch?v=YVfkHB2MB34

– A seriedade do uso da informação arqueológica.
– As condições de exercício profissional da Arqueologia.
– O poder da actividade arqueológica.


7. Debate: Jorge Raposo

http://br.youtube.com/watch?v=GPRrbUs58rs

– As estratégias institucionais e a capacidade de intervenção dos arqueólogos.
– A necessidade de clarificação de competências da administração pública e da sua articulação com a iniciativa privada.
– Por um sistema integrado de gestão de documentação e espólios arqueológicos


8. Debate: Maria José Almeida

http://br.youtube.com/watch?v=hKjD5QaDfXY

– A gestão da informação arqueológica nos municípios e a falta de regulamentação.
– A intervenção das equipas de Arqueologia municipais em áreas classificadas.
– O apoio ao financiamento das intervenções arqueológicas.


9. Debate: Paulo Costa Pinto

http://br.youtube.com/watch?v=re6SK-zbEu8

– A regulamentação da actividade arqueológica nos municípios.
– O apoio ao financiamento das intervenções arqueológicas.


10. Debate: António Manuel Silva

http://br.youtube.com/watch?v=6sS8pzWJhG4

– A definição das competências da administração local na Arqueologia.
– O perigo das autorizações de escavação não nominais.
– As intervenções em centros históricos e os apoios financeiros.
– A seriedade do uso da informação arqueológica.


11. Debate: Lino Tavares Dias

http://br.youtube.com/watch?v=XGcKy9vdO5U

– A Arqueologia e a técnica.
– A autorização de escavação e a certificação profissional.
– A afirmação da Arqueologia e o poder económico.


12. Debate: Gonçalo Cruz e Miguel Almeida

http://br.youtube.com/watch?v=HmumOX0Cw60

Gonçalo Cruz:
– A Arqueologia em contexto municipal.
– Os gabinetes municipais e as empresas de Arqueologia.

Miguel Almeida:
– A definição das competências da administração local na Arqueologia.
– O valor social da informação arqueológica.


13. Debate: Miguel Almeida e António Manuel Silva

http://br.youtube.com/watch?v=kcZLYcr3nos

Miguel Almeida:
– As autorizações de escavação, a necessidade de controlo e a responsabilidade partilhada das instituições.

António Manuel Silva:
– A acreditação das instituições e o perigo da desresponsabilização.


14. Debate: Jorge Raposo, Miguel Almeida e Maria José Almeida

http://br.youtube.com/watch?v=HR4reRgq8bY

Jorge Raposo:
– A dupla dependência dos arqueólogos.

Miguel Almeida:
– A falta de clarificação da relação entre as empresas de Arqueologia e o Estado.

Maria José Almeida:
– O exercício da Arqueologia nas autarquias e o Código Deontológico da APA.


15. Debate: Lino Tavares Dias

http://br.youtube.com/watch?v=zHFy0qDP9zk

– A seriedade dos cidadãos e a responsabilidade das instituições.
– A qualidade do controlo do trabalho arqueológico.

A Arqueologia em Revista – Porto (Tema 1: introdução)

Primeiro conjunto de vídeos do segundo debate do ciclo “A Arqueologia em Revista”, realizado no passado dia 8 de Março, no Palacete dos Viscondes de Balsemão, na cidade do Porto, com o apoio da autarquia local.
Trata-se do registo da apresentação geral do projecto, por Jorge Raposo (Centro de Arqueologia de Almada), e das intervenções que introduziram o Tema 1, “A Arqueologia e o Poder”, a cargo de Paulo Costa Pinto e Lino Tavares Dias.
À semelhança do sucedido do primeiro evento deste ciclo, os vídeos apresentados são uma co-produção CAA / Instituto Politécnico de Tomar.
Para evitar o acesso lento na abertura deste blogue, são aqui colocadas apenas as ligações que permitirão visualizar as imagens directamente a partir do YouTube.


1. Introdução (Jorge Raposo – CAA / Al-Madan)

http://br.youtube.com/watch?v=tc2xXGhc1Sg


http://br.youtube.com/watch?v=dnSIT3IBJ1Y



2. Paulo Costa Pinto

http://br.youtube.com/watch?v=dV5T8cIIE_g


– Arqueologia e poder: uma relação assimétrica e dinâmica.
– Arqueologia e poder autárquico: a arbitrariedade, a falta de estratégia e o arqueólogo como “caçador de tesouros encartado” ou instrumento de luta política.

http://br.youtube.com/watch?v=oEaNyJzt1YA


– As alterações dos últimos anos: o arqueólogo como mais-valia para os cidadãos, como simples “estorvo” ou apenas como hobby dos autarcas.
– O caminho a percorrer: mudar a percepção da utilidade social da Arqueologia.


3. Lino Tavares Dias

http://br.youtube.com/watch?v=yhOVfsjRM3E


– O exercício do Poder: as ferramentas
– A responsabilidade do Poder: a coerência das instituições e a seriedade dos cidadãos.

http://br.youtube.com/watch?v=kZjWrNjKSa4


– A estratégia do Poder: os factores que condicionam o poder científico.
– Novas propostas para exercer o Poder ou que fazer quando se tem o Poder.

2008-04-12

A Arqueologia em Revista - Lisboa (Tema 3)

Terceiro conjunto de vídeos do debate com que se iniciou o ciclo “A Arqueologia em Revista”, no passado dia 1 de Março (Museu Nacional de Arqueologia), incluindo as intervenções de introdução ao Tema 3, “A Arqueologia e a Sociedade”, da responsabilidade de Mário Varela Gomes e Luís Raposo, bem como a posterior discussão, onde participaram Jacinta Bugalhão, António Valera, Carlos Tavares da Silva, Miguel Almeida, Joaquina Soares, Suzana Pombo dos Santos, Maria José Almeida, José Morais Arnaud e António Carvalho.
Para evitar o acesso lento na abertura deste blogue, são aqui colocadas apenas as ligações que permitirão visualizar as imagens directamente a partir do YouTube.


1. Mário Varela Gomes

http://br.youtube.com/watch?v=SEuD7E86iWQ

– O papel do arqueólogo na sociedade.

http://br.youtube.com/watch?v=ByFNJ64JG8E

– As condições de exercício da Arqueologia em Portugal.
– O crescente contributo das mulheres.
– A necessidade de uma Ordem de arqueólogos: auto-regulação em ambiente "metaforicamente anarquista".


2. Luís Raposo

http://br.youtube.com/watch?v=VPvhZfmJkl8

– Arqueologia: produção de conhecimento e intervenção social.
– O papel do IPA e do processo do Côa.
– O “fosso geracional” e a transformação positiva da Arqueologia portuguesa.
– A vantagem de deslocar a Arqueologia da área da Cultura.

http://br.youtube.com/watch?v=ugUQnuerxpw

– Associativismo e Ordem de Arqueólogos.
– A necessidade de um Conselho Superior de Arqueologia.
– O clima de debate na Arqueologia portuguesa.


3. Debate: Jacinta Bugalhão e António Valera

http://br.youtube.com/watch?v=5Hz3FZm2w5w

Jacinta Bugalhão:
– A acreditação dos arqueólogos e a autorização de trabalhos arqueológicos.

António Valera:
– As condições de participação cívica nos debates científicos.
– O estatuto do saber científico.
– A divulgação da Arqueologia.


4. Debate: Carlos Tavares da Silva

http://br.youtube.com/watch?v=L_RQU8txizo

– Os arqueólogos, o Estado e o associativismo.
– As condições sociais da produção do conhecimento arqueológico: os perigos da liberalização.


5. Debate: Miguel Almeida

http://br.youtube.com/watch?v=gggedh6clJA

– A acreditação profissional e a autorização de trabalhos arqueológicos.
– A Ordem dos arqueólogos: não há condições para a sua criação.


6. Debate: Joaquina Soares

http://br.youtube.com/watch?v=e-IFk59653o

– A Ordem dos arqueólogos e o sindicato: a necessidade de auto-regulação e o papel do IGESPAR.


7. Debate: Suzana Pombo dos Santos e Maria José Almeida

http://br.youtube.com/watch?v=4KLz0-BgjTo

Suzana Pombo dos Santos:
– A avaliação de impacte ambiental e a participação social.
– A empregabilidade dos licenciados em Arqueologia.

Maria José Almeida:
– A Ordem dos arqueólogos à luz da nova legislação.
– A auto-regulação dos arqueólogos.


8. Debate: José Morais Arnaud

http://br.youtube.com/watch?v=zm_tlolNBUk

– O movimento associativo arqueológico: a AAP e a APA.
– A Ordem dos arqueólogos, o poder político e o poder económico.
– A qualificação dos arqueólogos e o modelo britânico.


9. Debate: António Carvalho e Jacinta Bugalhão

http://br.youtube.com/watch?v=VYcfr2r8tmU

António Carvalho:
– O Conselho Nacional da Cultura e a representação da Arqueologia: a necessidade de afirmação perante a tutela.

Jacinta Bugalhão:
– O Conselho Nacional da Cultura e a representação da Arqueologia.
– O enquadramento legal do IGESPAR e a auto-regulação dos arqueólogos.

Arqueologia em Revista - Lisboa (Tema 2: debate)

Conclusão do segundo conjunto de vídeos do debate que iniciou o ciclo “A Arqueologia em Revista”, com as intervenções no período de discussão do Tema 2, “A Arqueologia e os Arqueólogos”, onde participaram Mário Varela Gomes, António Carvalho, Jacinta Bugalhão, Luís Raposo, António Carlos Valera, Teresa Rita Pereira, Carlos Fabião, Miguel Almeida, Maria José Almeida e Rosa Varela Gomes.
Para evitar o acesso lento na abertura deste blogue, são aqui colocadas apenas as ligações que permitirão visualizar as imagens directamente a partir do YouTube.


3. Debate: Mário Varela Gomes

http://br.youtube.com/watch?v=yc6I2lAXY2Y

– A proletarização dos arqueólogos.
– O ensino da Arqueologia em Lisboa.


4. Debate: António Carvalho

http://br.youtube.com/watch?v=6nSBMV5-vuo

– O fim da carreira de arqueólogo na administração pública.


5. Debate: Jacinta Bugalhão

http://br.youtube.com/watch?v=3JjwpTrWqi4

– A carreira de arqueólogo na administração pública.
– A prática da Arqueologia em regime assalariado e como profissão liberal.


6. Debate: Luís Raposo e António Carlos Valera

http://br.youtube.com/watch?v=AvSi9O_Chk8

Luís Raposo:
– A necessidade de uma Ordem dos arqueólogos.
– A necessidade da formação de especialidade.
– A proletarização dos arqueólogos.

António Carlos Valera:
– A volatilidade das sociedades contemporâneas e a especificidade portuguesa.
– A proletarização dos arqueólogos.


7. Debate: Teresa Rita Pereira e António Carvalho

http://br.youtube.com/watch?v=1VGs2KqImSE

Teresa Rita Pereira:
– A situação dos arqueólogos nas autarquias.

António Carvalho:
– Os arqueólogos na administração pública local.


8. Debate: Carlos Fabião

http://br.youtube.com/watch?v=R_hTFkxAOhg

– O ensino superior de Arqueologia e a formação generalista.
– A proletarização dos arqueólogos.
– A indiferenciação das carreiras na administração pública.


9. Debate: Miguel Almeida

http://br.youtube.com/watch?v=uFZFUt0xOyU

– Os arqueólogos e a intervenção social.
– O ensino da Arqueologia e o modelo de Bolonha.
– A empregabilidade dos licenciados e a qualidade da formação.


10. Debate: Miguel Almeida, Maria José Almeida e Rosa Varela Gomes

http://br.youtube.com/watch?v=TeIYAz_GPx8

Miguel Almeida:
– A proletarização dos arqueólogos e a qualificação profissional.
– As condicionantes de mercado para a Arqueologia portuguesa.

Maria José Almeida:
– As universidades, a formação especializada e o exercício da profissão de arqueólogo.

Rosa Varela Gomes:
– A criação de uma Ordem e de um sindicato de arqueólogos.
– O ensino da Arqueologia, a formação generalista e a especialização.


11. Debate: Carlos Fabião

http://br.youtube.com/watch?v=7JXhi4XYACw

– O ensino da Arqueologia, a formação generalista e a especialização.

A Arqueologia em Revista - Lisboa (Tema 2: introdução)

Neste segundo conjunto de vídeos do debate que iniciou o ciclo “A Arqueologia em Revista”, no passado dia 1 de Março, no Museu Nacional de Arqueologia, incluem-se as intervenções no Tema 2, “A Arqueologia e os Arqueólogos”, nomeadamente a introdução de José Morais Arnaud e de Carlos Fabião.

Com captação de imagem de José Carlos Henrique (CAA), a conversão, tratamento e edição dos vídeos continua a ser da responsabilidade de uma equipa do Instituto Politécnico de Tomar (Catarina Varanda e Rui Marto, sob a coordenação de Luiz Oosterbeek e Gonçalo Leite Velho).
Para evitar o acesso lento na abertura deste blogue, são aqui colocadas apenas as ligações que permitirão visualizar as imagens directamente a partir do YouTube.


1. José Morais Arnaud

http://br.youtube.com/watch?v=csbNkthsDzw

– A regulação do acesso ao exercício da profissão: a viabilidade de criação de uma Ordem, à luz da nova legislação.

http://br.youtube.com/watch?v=U5koYP1DZ0Y

– O crescimento da actividade arqueológica e a sua “proletarização”.
– A Ordem e a organização sindical.
– As dificuldades de intervenção ao nível institucional.

http://br.youtube.com/watch?v=F5Lp74wh3Mo

– A representatividade das associações de natureza arqueológica.
– A necessidade de destrinçar as lutas essenciais.


2. Carlos Fabião

http://br.youtube.com/watch?v=gWawlkCsPE4

– O ensino superior e o nível de desemprego nos licenciados: a volatilidade das sociedades contemporâneas.
– O paradigma de Bolonha e a formação generalista.

http://br.youtube.com/watch?v=H1MM3tvnsK0

– O paradigma de Bolonha: a formação contínua e a necessidade de maior abertura dos currículos.
– A necessidade de avaliação da empregabilidade dos cursos superiores.
– A falta de integração universitária.

http://br.youtube.com/watch?v=lddXhwYyO6k

– As novas carreiras que se abrem aos arqueólogos.
– A globalização da investigação arqueológica: financiamento e qualificação.
– A proletarização dos arqueólogos.
– O fim da carreira de arqueólogo na administração pública.

2008-04-09

Valeu a Pena

Encerrado o ciclo de debates “A Arqueologia em Revista”, pelo menos na componente de descentralização geográfica por vários pontos do país, pode sintetizar-se o balanço final na frase que serve de título a esta mensagem.

Valeu a pena, desde logo, porque, vencendo o cepticismo e o pessimismo de alguns, foi possível reunir quase 300 pessoas, na sua maioria ligadas profissionalmente à actividade arqueológica, para debate e reflexão de temáticas de inegável actualidade, com um tempo e profundidade até então nunca atingidos.

Mais importante, esta simples abordagem quantitativa ganha outra relevância numa perspectiva qualitativa, se constatarmos a riqueza e diversidade da grande maioria das intervenções e o clima de debate sustentado e tolerante que foi possível manter, prova da crescente maturidade individual e colectiva dos intervenientes.

A resposta aos principais desafios inerentes a este projecto é, por isso, claramente positiva: há capacidade de mobilização, de diagnóstico e de pensamento crítico plural sobre os actuais constrangimentos ao exercício da actividade nesta área e à defesa e promoção do Património arqueológico.

Valeu a pena um esforço organizativo onde deve relevar-se o apoio institucional da Associação dos Arqueólogos Portugueses (AAP) e, principalmente, da Associação Profissional de Arqueólogos (APA), que colaborou activamente na promoção dos eventos e os tomou como ponto de partida para a definição de novas tomadas de posição (ver em http://www.aparqueologos.org/), sem esquecer também as entidades que disponibilizaram os espaços e parte da logística dos encontros, nomeadamente o Museu Nacional de Arqueologia e o Museu Monográfico de Conimbriga, e as Câmaras Municipais do Porto, de Faro e de Beja.

Fundamental foi ainda a pronta e solidária colaboração dos convidados a introduzir os temas, num conjunto de 24 colegas de rica e diversificada experiência profissional e institucional de que é justo relembrar os nomes: Jacinta Bugalhão, António Carlos Valera, José Morais Arnaud, Carlos Fabião, Mário Varela Gomes e Luís Raposo em Lisboa; Paulo Costa Pinto, Lino Tavares Dias, Alexandra Cerveira Lima, Paulo Amaral, António Manuel Silva, Miguel Almeida e Luís Fontes no Porto; Rui Parreira, Miguel Lago, Nuno Ferreira Bicho e Dália Paulo em Faro; António Carlos Silva, Susana Correia, Miguel Martinho e Joaquim Carvalho em Beja; Luiz Oosterbeek, Maria José Almeida e Virgílio Hipólito Correia em Conimbriga.

Naturalmente, deve reconhecer-se que todos os intervenientes directos nos períodos de debate têm também a sua quota-parte no êxito da iniciativa.

Mas é forçoso encerrar este ponto com um agradecimento especial aos que primeiro acarinharam e se mobilizaram para pôr de pé o projecto, participando activamente na definição dos seus contornos e na organização particular de alguns eventos, nomeadamente a Maria José Almeida, o Pedro Barros, o António Manuel Silva e o António Carlos Silva.

Para o Centro de Arqueologia de Almada, que há 35 anos procura exercer consequentemente o que entende ser a sua função social na promoção da Arqueologia e do Património arqueológico, valeu a pena o esforço financeiro que um conjunto de acções desta natureza sempre envolve, só possível porque, como é frequente nesta associação, se pôde contar com forte participação voluntária de sócios e amigos, quer no registo em fotografia e vídeo (Cézer Santos, José Carlos Henrique e Francisco Silva), quer na distribuição e venda de publicações (Isabel Matos, Ana Luísa Duarte, Sónia Tchissole e Elisabete Gonçalves).

Que fazer, agora, com tudo isto?

Em primeiro lugar, o investimento no registo integral das intervenções (mais de 25 horas de gravação) permite preservá-las para memória futura e promover a sua difusão via Internet, beneficiando de uma produção final assegurada pelo Instituto Politécnico de Tomar, com uma equipa coordenada por Luiz Oosterbeek e Gonçalo Leite Velho, onde colaboraram Catarina Varanda (conversão) e Rui Marto (tratamento e edição). Deste modo se criará uma nova oportunidade de acesso a públicos mais diversificados, que assim poderão tomar conhecimento dos conteúdos abordados e participar na sua discussão, através do espaço de comentário deste mesmo blogue. Com a divulgação dos vídeos, já iniciada, será possível continuar a ler aqui as mensagens e comentários do painel de colaboradores convidados, interagindo com elas sempre que desejado.

Mas é preciso que todo este movimento tenha consequências na transformação de uma realidade que, hoje, poucos satisfaz.

Nesse sentido, será importante acompanhar o futuro percurso das instituições de tutela e, em geral, da administração pública, mas também da iniciativa privada, do movimento associativo (particularmente da APA), das universidades e de outros agentes sociais.

No que respeita à sua área de intervenção, o Centro de Arqueologia de Almada procurará tirar as necessárias ilações, estudando a viabilidade de propostas de parceria que contribuam para uma maior sociabilização da Arqueologia e para a promoção da investigação e do Património arqueológico.

2008-04-07

Arqueologia em Revista - Conimbriga

No passado sábado, dia 5 de Abril, decorreu no Museu Monográfico de Conimbriga o 5º e último debate do ciclo "A Arqueologia em Revista", com a presença de cerca de 60 pessoas, no conjunto das sessões da manhã e da tarde.


Os temas foram introduzidos por Luiz Oosterbeek ("A Arqueologia e o Poder"), Maria José Almeida ("A Arqueologia e os Arqueólogos") e Virgílio Hipólito Correia ("A Arqueologia e a Sociedade").




























































A encerrar, procedeu-se à apresentação do Nº 15 da revista Al-Madan na zona centro do país.

As fotos são de Cézer Santos (CAA).

2008-04-03

Um comentário fora de Ordem

Quando escrevi o meu anterior post sobre a lei 6/2008 fi-lo assumidamente sem comentários porque a ideia era abrir o debate e juntar os meus comentários só depois. Dois factores contribuíram para que só agora comente o texto que escrevi no início de Março : o primeiro foi a fulgurante resposta do post seguinte que me deixou um bocadinho esmagada e sem fôlego para “cobrir a parada”. Depois, outros interessantes posts (e sim, algo longos...) levaram a discussão para diferentes temas e sempre que pensava em escrever qualquer coisinha sobre a Ordem, parecia efectivamente fora da ordem natural (?) que teria tido se o tivesse feito imediatamente depois do texto do Luís Raposo .

Bom, mas não posso continuar a adiar o comentário até porque, nos debates que se tem realizado nos últimos sábados, muitas vezes tenho tido necessidade de intervir sobre esta questão em nome da APA.

Recordo os mais distraídos que os corpos gerentes da APA desde 2002 que introduziram no discurso e na prática a questão de transformação da APA em entidade de direito público. Em 2003 chegou mesmo a fazer-se um encontro em Cascais sobre o tema e apresentou-se uma proposta de estatutos da futura “Ordem” dos Arqueólogos. Se procurarem na nossa página o texto de apresentação da associação encontrarão explícito que a actual direcção prossegue a orientação de transformação da APA numa associação pública profissional.

Ou seja, e para que não haja dúvidas, a direcção da APA da qual sou presidente considera que a profissão de arqueólogo deve ser auto-regulada no âmbito de uma associação pública profissional. Até porque, plagiando a metáfora do nosso sócio nº1 no debate do Porto, isto do código deontológico da APA é como os dez mandamentos: ou se tem fé e se acha que se deve viver segundo aqueles princípios ou então... E efectivamente estamos a falar de (arqueólogos) portugueses e sabemos que, culturalmente, estamos sempre agarrados ao que tem “força de lei”, a um Estado paternalista e hiper presente na vida dos cidadãos. Podemos ter pena. Podemos lamentar que não tenhamos uma cultura cívica e participativa ao nível de outros países europeus que nos permita sermos organizados e responsáveis sem que seja “obrigatório por lei”. Mas isso talvez seja uma discussão para outro post (ou mesmo para outro blog).

Assente a necessidade da chancela do direito público na organização socio-profissional dos arqueólogos em Portugal, a pergunta seguinte é: e para quando?

Já aqui tivemos uma primeira resposta: porque não começar já amanhã? Eu preferiria que, a ser amanhã, fosse mais para o fim da tarde... e isto não é por ser alentejana, é mais por achar que se for amanhã nos arriscamos a dar o passo maior que a perna. Quem é que é capaz de, em consciência, afirmar que temos capacidade de cumprir o repto aqui deixado pelo Luís Raposo? O problema não é na fase das ideias, dos debates e dos discursos, do delinear das estratégias e dos objectivos. Para isso é capaz até de haver muita mobilização. O problema maior é quando é necessário sentar gente a uma secretária, produzir documentos, escrever cartas, marcar reuniões, até mesmo colar autocolantes nos envelopes ou distribuir tarjetas (e antes disso ainda era preciso que alguém tivesse tratado do design dos ditos, pedido orçamentos, contratado com a gráfica, verificasse a qualidade da encomenda e recolhido os pacotes). Custa-me um bocadinho anunciar com grande estardalhaço um projecto sem ter a certeza de ter garantidos os requisitos mínimos para o cumprir.

É verdade que, por tradição cultural também, é normalmente assim que por cá se fazem as coisas. E, espantosamente, muitas vezes funciona. Outras vezes não. Eu não gostava que a criação de uma Ordem de arqueólogos fosse uma das vezes não.

O que eu gostava (para além de viver com a organização dos países do norte da Europa, o sol do mediterrâneo e muitos coentros e alho na gastronomia), era de consolidar organização socio-profissional dos arqueólogos durante o dia de amanhã de modo a que, lá para o fim da tarde ou mesmo depois de amanhã, fosse inquestionável a existência de uma associação pública profissional. E isso, mais uma vez repito o que tenho dito neste ciclo de debates, só depende de nós. A APA é uma associação de direito privado cuja deontologia, estatutos, regulamentos e normativos só são válidos para quem voluntariamente se torna membro. É verdade, mas, se todos formos associados da APA, isso é exactamente limitativo de quê?

Porque é que não somos todos associados da APA?